02. 03.

Keine Ahnung was ich hier mache, trotzdem bin ich hier...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O idioma alemão e algumas curiosidades


Lendo o site Deutsche Welle achei alguns artigos interessantes, com vocábulos e ditos populares em alemão. Então vou colar aqui partes do texto lido com algumas palavras e ditos, pra dividir com vocês.


” (…) Billion – Alguém lhe prometeu “eine Billion Euro“. Alegre-se mesmo: você será trilionário! Não é um erro de digitação: entre a ordem de grandeza Million (10^6) e Billion (10^12), o idioma alemão tem Milliarde, o equivalente ao nosso bilhão.

Wasserfest – Wasser é água. Bem, já que Oktoberfest é “festa de outubro” (comemorada em Munique, diga-se de passagem, no final de setembro), wasserfest só pode ser alguma festa aquática, certo? Errado: o “fest” neste caso nada tem a ver com festividade, é um adjetivo significando “firme”, “resistente”, portanto “à prova de”. Da mesma forma, feuerfest é “à prova de fogo”.

Não há como negar: além de ser, sabidamente, o lugar mais perigoso da casa, a cozinha também é o mais propício a equívocos lingüísticos:

Porco ou vaca? – No restaurante você pediu Fleisch, que quer dizer carne, claro. Portanto, salvo indicação em contrário, bovina, como no Brasil. Será? Então, o que é que este pedaço de porco (Schwein) está fazendo no seu prato? Um tipo de situação que demonstra o quanto de história, economia, sociologia, hábito, gosto, etc., se esconde por trás de um conceito banal. O default – valor padrão – para “carne” na Alemanha é porco, o principal animal de corte na pecuária e na gastronomia nacionais. O termo específico Schweinefleisch costuma ser reservado para contextos ambíguos. Contudo vem-se tornando mais freqüente, devido a uma maior sensibilização para os tabus alimentares islâmicos e judaicos. A carne bovina é normalmente especificada como Rindfleisch.

Nuss – Um caso semelhante: embora seja um termo genérico e conste do dicionário como “noz”, o default para frutos secos na língua alemã é avelã (Haselnuss). Noz é Walnuss.

Kondensmilch – Você está morrendo de saudades do Brasil. Nenhuma jabuticaba à vista, a única cura seria um belo pudim de leite condensado. No supermercado, que surpresa, o Kondensmilch é vendido em caixinhas de papelão. Você segue a receita à risca e o pudim sai um horror. O que aconteceu? O Kondensmilch da Alemanha não tem açúcar, é um leite mais espesso, para temperar o café sem esfriá-lo muito. Mas seu sonho de um pudim ainda não está perdido: ou pergunte por Milchmädchen, da marca também popular no Brasil, ou – em geral, mais fácil de achar e mais barato – recorra ao “gezuckerte Kondensmilch” das lojas de produtos asiáticos.

“Das ist mir zu viel!” – Você fez uma proposta a alguém, a pessoa respondeu assim, e você pensa que está abafando. Afinal, a tradução literal é: “É demais para mim!”. Condolências: você acabou de levar um fora e nem sabe. Enquanto para um brasileiro o excesso é positivo, “ser demais” é percebido pelos alemães como negativo. Interessante objeto de estudo para filólogos, psicólogos e sociólogos.

Como se diz “telefone celular” em alemão? – Esta é para adiantados. Os alemães não falam ao “celular” (como brasileiros), nem por “Mobilfon” (mobile para os ingleses, telemóvel em Portugal), ou “tragbares Telefon” (portable na França), e muito menos “Telefönchen” (telefonino na Itália). Aliás, cada país parece querer ser mais original do que o outro ao dar nome a esse melhor amigo do ser humano moderno. A denominação do celular na Alemanha (e Áustria) é um pseudo-anglicismo: Handy ou (horror supremo!) Händi. Também adotado em vários países asiáticos, o vocábulo vem do inglês, não está bem claro se a partir de handphone (telefone de mão) ou handy phone (telefone prático). (…)”

Agora vejamos alguns ditos populares:

” (…) Das frases populares que viraram expressão idiomática, uma das que mais impressiona é esta: “Você não está com todas as xícaras no armário” (Du hast nicht alle Tassen im Schrank), que também pode ser formulada como pergunta. O alemão que lhe disser isso não está interessado em nenhum inventário da sua cozinha, nem estará criticando uma eventual desordem de coisas fora do lugar. Não: ele está duvidando do seu estado mental! É como se dissesse que você anda com um parafuso solto (Bei dir ist eine Schraube locker). Ou, numa nação de futebolistas como a nossa, “você não está bom da bola”.(…)”

” (…) Se a pessoa que lhe disse isso não lhe agrada, você poderia responder dizendo “não vá me montar sobre o despertador” (Geh mir nicht auf den Wecker), que quer dizer o mesmo que “vá amolar outro”, e portanto é mais delicado que o nosso “não encha….” E se o alemão (ou a alemã) responde a você dizendo “tenho o nariz cheio” (Ich habe die Nase voll) não precisa lhe oferecer um lenço, mas é bom sair de perto. Isso quer dizer um basta, como nosso “estou de saco cheio” com você ou com alguma coisa.

Se alguém lhe disser que você o põe “no alto da palmeira” (Du bringst mich auf die Palme!) também se recomenda cautela, você terá enervado tanto a pessoa a ponto de ela subir na palmeira, provavelmente de raiva. Agora se alguém mandar você ir para “onde cresce a pimenta” (Geh wo der Pfeffer wächst) é melhor encerrar a conversa, ele está mandando você ir pro diabo. (ou a mer…$%)

No entanto, se desejarem a você “que quebre o pescoço e a perna”, não se impressione, não estão querendo insultá-lo. Essa pessoa está lhe desejando, por incrível que pareça, muita sorte! (…)”

Animais entram direto nas expressões alemãs:

“(…) foi tudo para o gato”(Alles für die Katz) não pense que ele deu tudo para o bichano não: foi tudo em vão. A porca em alemão não torce o rabo, mas aparece em vários tipos de afrontas verbais. Se você ouvir um “abaixo de todas as porcas” (unter aller Sau), por exemplo, saiba que estão falando de algo abaixo de qualquer crítica. Aliás a porca, em alemão, sempre “paga o pato” quando se trata de xingamentos.

Agora o que o alemão não faz de jeito algum é “comprar o gato dentro do saco” (Die Katze im Sack kaufen), ou seja, dar um tiro no escuro ou meter-se em algo sem saber exatamente o que é. Mas se um alguém exclama que “um cavalo está me dando um coice” (mich trit ein Pferd) não comece a procurar o quadrúpede, que a pessoa apenas soltou uma exclamação para expressar a grande surpresa que levou. Pois é, uma surpresa como um coice…

E se tudo isso lhe parecer o cúmulo, o fim da picada, certamente é porque “não cabe em nenhum couro de vaca” (Das passt auf keine Kuhhaut), expressão do tempo do onça, ou melhor, do tempo em que possívelmente os documentos com as coisas sérias eram escritos em couro.(…)”

Prá quem estuda alemão:

“Os camponeses mais burros têm as maiores batatas” (Die dümmsten Bauern haben die dicksten Kartoffeln).

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