Proibido Para Menores
Grade parte dessa cultura não conseguiu atravessar a chegada da era digital e perderam-se no tempo, outras ressurgem de tempos em tempos com uma nova roupagem e outras foram sendo criadas pelas crianças em seu cotidianos. Outro dia, passando a frente duma escola infantil, observei algumas crianças pulando corda e cantando. Permaneci alí a olhar durante um tempo até parar para analisar o que estava sendo cantado por elas, a letra dizia o seguinte:
“Plantei uma semente em meu quintal;
Tal absurdo estava a ser cantado, inocentemente, pelas crianças durante uma brincadeira. A letra dessa música guarda incalculáveis mensagens, as quais variam desde agressão a racismo, mas a interpretação vai muito além disso, psicologicamente, a música narra, duma forma implícita, uma história duma negra, a qual acabara de sair duma semente plantada no quintal, ou seja, trata-se duma criança negra e escreva, haja vista que já nascera de avental, predestinada ao trabalho escravo. A “dança” da história nada mais é que o sexo, ou seja, a música narra um típico caso d’estupro na senzala duma menina negra por seu senhor.
Uma outra música, também famosa no meio infantojuvenil, a análise foi preocupante:
“Um homem bateu em minha porta e eu abri;
Inicialmente observamos que é uma letra construída com o intuito de propor desafios ao ato de pular corda, entretanto, se a letra for melhor analisada fica fácil perceber que trata-se dum assalto a uma residência. Um homem, não identificado na música, bate a sua porta e ao abri-la o refrão é cantado com uma voz mais ameaçadora mandando todos colocarem suas mãos no chão, pularem com um pé só, dar uma volta e, sem mais explicações, manda todos para a rua.
E tem gente que ainda pergunta donde vem tanta violência na sociedade brasileira. Temos até um trocadilho, o qual nos ensina a ganhar a vida no país da bunda desde crianças: “Ordem e Progresso, tire as calças e “faz” sucesso”. Desde crianças somos ensinados que mostrar a bunda faz sucesso, e quer saber? No Brasil faz mesmo. Isso é nossa nação sendo moldada pelos ouvidos das massas.
Eu, num protesto solitário, tapo os meus ouvidos...