Moral é questão de costume

Um conjunto de regras de conduta ou hábitos julgados válidos, quer de modo absoluto, quer para grupo ou pessoa determinada, é assim a moral.

Essa palavra tem apenas um significado na língua, porém a ela podem, e devem-se, agregar várias temáticas e usos. O ser-humano, na sua natureza, a emprega em frases as quais são feitas costumeiramente para dizer o que é, e o que não é certo fazer, são as chamadas lições de moral.

Há pessoas que adoram falar sobre o nosso conjunto de faculdades morais ou brios, sempre destacando, é claro, os nossos erros, porém sempre esquecendo das próprias imoralidades, é o famoso “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Vivemos na era da falsa moralidade, na qual a cena bugre apedrejando alguém em nome dos bons costumes é normal. Um pai de família proíbe sua filha de ir a um baile funk, por considerar tal ação imoral, ou seja, fora do contexto moralístico da sua cabeça, no entanto, esse mesmo pai de família trai sua esposa com a empregada sujamente e não se sente imoral por isso.

Cada um tem sua própria atribuição ao conceito do que é imoral, porém sempre observando os atitudes doutras pessoas e nunca as próprias imoralidades. Há tempos que a sociedade distorce a moral, para o que é imoral hoje, tornar-se moderno amanhã. Divorciar-se era imoral, hoje é moderno, não casar-se virgem era imoralíssimo, hoje é moderno, traição era imoral, hoje é moderno, uma mulher abandonar o lar e ir trabalhar era imoral, hoje é moderno.

Os hábitos da moralidade vão modificando-se constantemente e nós distorcemos a imoralidade para construir o moderno , ou vivermos melhor sem privações e aos poucos transformando algo que era chocante à humanidade n’algo costumeiro até sua moralização total por parte da própria sociedade. Tudo torna-se moral, ou moderno com o tempo, é somente uma questão de costume.