Heróis Ignorantes
Entre os membros fundadores destacavam-se Robert Hunter, Paul Watson e Patrik Moore. Hunter morreu em 2005 e permaneceu na organização até o final de sua vida, Watson saiu da organização em 1977 devida à existência de divergências entre seus ideais e os do Greenpeace e fundou uma nova organização, a qual dedica-se à defesa dos oceanos. Moore, o mais polêmico deles, também deixou a organização, em 1986, e criou uma nova organização a qual dedica-se a dar consultorias ambiental às empresas madeireiras, nucleares e químicas, a Greenspirit.
Por causa dessa nova organização de Moore o Greenpeace chama-o de traidor por prestar consultorias a essas empresas e, segundo eles, incentivar a degradação do planeta. Numa entrevista à revista eslovena Die Sternen, Moore comentou sobre o Greenpeace destacando que o Greenpeace foi criado numa época, na qual ativistas, a visar à salvação do planeta, barravam atividades as quais eles consideravam ser de grande perigo ao meio-ambiente e que pudessem d’alguma forma pôr a vida de animais silvestres em risco. Todos os protestos realizados eram clandestinos e muitos deles acabavam presos por fazê-los. Os anos passaram-se e Patrik enxergou que o planeta precisava de muito mais do que somente ativistas escandalosos, o planeta precisava de respostas e soluções aos problemas, os quais ficam cada dia maiores e urgentes.
Segundo Moore, não adianta chegar a uma empresa química e dizer-lhes que não poderiam mais sujar os rios com resíduos de suas matérias por fazerem mal ao meio-ambiente, é necessário que seja dada uma saída ao problema, e, mais importante, que essa saída seja viável e aplicável à empresa com relação ao respeito ao meio-ambiente.
O Greenpeace é, e sempre foi, um bando de sensacionalistas, cujo intuito é conscientizar o mundo sobre os problemas ambientais, entretanto isso somente será possível quando eles conscientizarem-se que para isso deve-se ser feito um planejamento muito bem estudado, o qual eles sozinhos não são capazes.