02. 03.

Keine Ahnung was ich hier mache, trotzdem bin ich hier...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Para Entender Relações Públicas

Teobaldo de Andrade inicia sua obra Para Entender Relações Públicas propondo uma melhor definição aos termos multidão, massa e público. Segundo ele, multidão é um grupo de espectadores com comportamentos coletivos numa apresentação frouxa e momentânea, vezes com hábitos até violentos e puramente emocionais, o que difere-se da massa, a qual é também um grupo de pessoas as quais participam dum mesmo comportamento , no entanto sem terem a intenção sobre esse agrupamento. A massa é uma espécie de nivelamento mental, da qual parte o princípio do controle de públicos. Um conceito de público é constantemente distorcido, haja vista que nem sempre os fãs dum artista é, necessariamente, um mesmo público. Há conflitos entre um público porque é formado por pessoas diferentes, entretanto a um mesmo propósito.
A aprendizagem desses conceitos é necessária para a construção do processo de direcionamento da opinião pública devido à linguagem diferenciada a qual deve ser usada com cada um. Compreender os conceitos de que tipo de pessoa se deve ser atingida é ter conhecimento suficiente para atuar no controle da humanidade, pois quem a dirige depende da opinião pública.
A Opinião Pública é formada através de discussões, cuja eficácia está diretamente atrelada aos meios comunicacionais. As idéias da opinião pública são formadas por informações, as quais por sua vez, foram direcionadas pelos meios de comunicação.
De acordo com Teobaldo, o controle da opinião Pública está diretamente inserido na publicidade e na propaganda, as quais, segundo ele, possuem diferentes definições. A Publicidade deriva da palavra latina Publicare, e significa tornar algo público, ou seja, o simples fato de passar uma notícia, já a Propaganda deriva da palavra Propagare, e significa mergulhar, persuadir algo na mente das massas.
Às Relações Públicas são ligadas diversas funções, haja vista a imprevisível reação humana aos fatos. Porém, a mais pura definição sobre o trabalho das Relações Públicas parte da necessidade do estreitamento das relações. Pouco visto em suma, no entanto para chegar de fato ao estreitamento duma relação várias medidas devem ser tomadas e escolhas feitas, as quais somente um profissional de Relações Públicas pode atuar neste processo.
Diretamente ligada às funções das Relações Públicas está a mudança duma imagem, recurso largamente usado pela política em vários países. A chave dum regime, segundo o autor, não está na constituição, no número de câmaras, na maneira de proceder-se à eleição ou na política governamental. A chave do regime está na informação.
Todas essas funções foram ligadas às v devido à necessidade de sua criação durante um momento histórico importantíssimo no mundo. As atividades dessa profissão começaram a ser moldadas após a Guerra de Secessão nos EUA, na qual o sul brigava com o norte por decorrência das divergências sobre a libertação dos escravos. Enquanto na Europa a Revolução Industrial provocava uma nova onda de lutas pela hegemonia mundial. Após a Guerra de Secessão, os EUA iniciaram seu próprio sistema fabril, entretanto, foi o início também duma grave crise entre empregados e patrões devido às más condições de trabalho, jornadas excessivas e exploratórias às quais os trabalhadores eram submetidos. Houve então, a necessidade de alguém para mediar tais situações, evitando mais conflitos e que conseguisse um meio de atender às necessidades de ambas as partes. Foi aí o primeiro trabalho de Relações Públicas.
Na Europa, os primeiros resquícios da profissão surgiram na França, assim já chamadas Relations Publiques, e na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi usada pela primeira vez com o intuito puramente político por Adolf Hitler para sitiar a população a apoiar a guerra, lá as Relações Públicas foi chamada de Öffnenlichkeitsarbeit.
No Brasil, tardiamente surgida, as Relações Públicas vieram por meio da instalação da empresa canadense Light de energia elétrica, a qual criou um departamento especialmente para receber a profissão. Tornou-se significativa inicialmente pelo seu uso político, com a criação do chamado populismo nacional. Como profissão, primeiramente apareceu como uma matéria no curso de Administração na FGV, entretanto a graduação foi criada na USP.
Não é negável a participação das Relações Públicas na história, e na atualidade. Por diferentes motivos no mundo, a política começou a fazer parte da profissão de Relações Públicas. Na Europa isso aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, através da distribuição de material publicitário à população a mando do governo. Nos EUA as primeiras agências de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda surgiram devido à procura de empresários e políticos com o objetivo de melhorar sua imagem pública. Partindo deste mesmo pensamento foram feitos os primeiros trabalhos governamentais no Brasil, em 9 de Dezembro de 1911, com a criação dum serviço informativo e de divulgação no ministério da agricultura.
Teobaldo especificou com total exatidão quais seriam as funções das Relações Públicas no parâmetro mundial, e por consequência delimitou quais seriam os processos necessários para chegar à perfeição da profissão. Este processo foi dividido em seis fases: Determinação do grupo e sua identificação como público; apreciação do comportamento público; levantamento das condições internas; revisão e ajustamento da política administrativa; amplo programa de informações; controle e avaliação dos resultados.
Dentro do processo comunicacional são observados três partes, as quais constituem o ato de comunicar-se. A palavra Comunicação deriva do latim Communicationem e é composta, não somente pela forma oral, mas também gestos, escrita ou simplesmente desenhos a abranger os contactos formais, os quais transmitem-nos qualquer espécie de experiência exterior. O símbolo lingüístico é, por excelência, a palavra e, à medida que as organizações crescem, a comunicação oral dá lugar à comunicação escrita como memorandos, cartas, relatórios e etc.
A comunicação gera rumores, os quais fatalmente fazem parte da comunicação também, no entanto poucos chegam à pretensão original de fato, que seria o ato de comunicação consumado. Como o ato direto à pessoa nem sempre é possível, é utilizado o que foi chamado de Veículos de Comunicação Massiva, que são todos os meios de comunicação direcionados à massa como um todo, sem diferenciá-la de forma alguma como TV, jornais, Revistas e etc., porém é freqüente também o uso dos Meios de Comunicação Dirigidos, os quais têm a intenção de individualizar quem o recebe, muito comum atualmente em mala-direta, relatórios, ou aqueles que são direcionados a um determinado público, como discursos ou autofalantes.
A formação dum profissional de Relações Públicas parte diretamente de sua conduta, o que já os difere doutras profissões relacionadas à comunicação. A grande diferença profissional dum profissional de Relações Públicas é, justamente, a resguarda da ética como o seu principal brio, tornando-se alguém livre de suspeitas. Ouvir também faz parte, pois um profissional de Relações Públicas deve sempre estar a prestar atenção a tudo o que acontece a sua volta.

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